sábado, 12 de março de 2011

Cinema: Cisne Negro

Sei que tem um tempo que não apareço, mas o importante é sempre voltar. Fiquei numa correria absurda durante algumas semanas e agora estou mais tranquilo. Durante esse tempo vários lançamentos tanto na música quanto no cinema saíram e eu mesmo na correria não pude deixar de acompanhar.


Desde que ouvi falar de Cisne Negro minha atenção já foi conquistada pelo título e logo fui tomado pelas milhares de críticas e comentários sobre o filme. No começo fiquei com um pouco de medo de ser aqueles filmes chatíssimos com aquela coisa manjada de “O sonho era ser uma bailarina famosa, levou vários ‘não’ aí ganhou uma oportunidade, realizou o sonho e a felicidade reinou” me poupe! E não é que o filme me surpreendeu, minha gente?


Àqueles que não assistiram, um aviso: Só assista quando realmente tiver vontade e tenha a mente aberta para captar diferentes pontos de vista.


A história é sobre Nina, que além de ser a Natalie Portman (que também faz um dos meus filmes preferidos, Closer) é uma bailarina - Jura? - que sonha em estrelar no espetáculo, O Lago do Cisnes - Sacou? Cisne Negro... - com a oportunidade em suas mãos, a verdadeira luta dela é pra conseguir trazer o Cisne Negro dentro dela.


O que eu mais gostei do filme, é que existem vários pontos de vista e que de alguma forma é possível identificar-se com ela. Não chega a ser uma luta, mas uma libertação que ela passa. Foi criada para ser perfeita, tem 28 anos e sendo tratada como uma menina de 15, sofre com esse grande passo na carreira dela. A atuação da Natalie Portman é exemplar e deixa bem nítido que ela se esforçou muito para deixar tudo perfeito no filme. O que chamou a minha atenção é que não é um drama tradicional, o filme tem uns ápices entre real e surreal, faz você pensar.


Ser o Cisne Branco não é dificuldade alguma para alguém que já é doce em seu dia-a-dia. Virar o Cisne Negro é o maior obstáculo dela, encontrar dentro de si uma mulher que seduz, que é intensa e capaz de acabar com o Cisne Branco. Afinal, ela despertou o Cisne Negro que existia dentro dela ou incorporou o papel?


Não se trata apenas de dedicação, mas principalmente de liberdade e da luta não pelo sonho e sim pela perfeição, uma coisa que foge totalmente do controle e da vontade. É tudo no ápice, é intenso e bem intrigante.


O desejo pelo diretor da companhia, Thomas Leroy (Vincent Cassel), que na verdade é um canastrão - fino - mas não deixa de ser canastrão. E o medo de ser substituída por Lily (Mila Kunis), que é a sua imagem de Cisne Negro e também assombrada por Beth (Winona Ryder) - que rouba algumas cenas do filme - atriz que fazia o papel de Nina no espetáculo. Tudo isso na cabeça de uma menina criada para ser doce e perfeita...é um drama inovador.

É o tipo de filme que traz inspiração e dependendo do seu humor até faz você mudar seu jeito se olhar para certas coisas. Entrou rapidamente para os meus filmes preferidos e até prometi que vou comprar o DVD. Essa foi a minha opinião. Meus pais e irmã assistiram e não gostaram. Tudo vai do ponto de vista e da mente aberta de quem assiste.


Com certeza, algumas dúvidas ficam na cabeça de quem assiste. Coisas que ficam no ar e cada um fica com uma opinião. Isso foi o que eu achei mais sensacional no filme, cada um consegue tirar suas conclusões. Genial.



@rafapimentel_

Um comentário:

  1. Achei muito bom o filme, a atuação da Natalie tá incrível!! Acho que de todos os que eu tenho visto ultimamente, esse foi o que eu mais gostei, o que eu mais achei que valeu a pena sair de casa e gastar meus bonus da Inteligweb pra ver. Adorei. Realmente um filme incrível!

    ResponderExcluir